A deputada disse que o ministro precisava primeiro pregar diálogo, mas afirmou que ele ‘tomou as providências necessárias’ após perceber ‘má fé’ do governo do DF
Presidente do PSB na Bahia, a deputada federal Lídice da Mata comentou o episódio de terrorismo empreendido por radicais bolsonaristas no último domingo (8), em Brasília (DF), e defendeu a atuação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), diante da crise.
“Ele, como ministro, tinha que pregar primeiro o diálogo. Ele é um juiz de formação, não pode perder as referências”, argumentou a parlamentar, nesta quinta-feira (11), na Lavagem do Bonfim, em Salvador. Segundo a deputada, houve “má fé” da gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB), que acabou afastado do cargo por 90 dias, após decisão do ministro Alexandre de Moraes referendada pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Tá óbvio uma postura em adesão [ao ato golpista] no governo do Distrito Federal. Ele [Flávio Dino] levou um tempo para perceber que havia uma atitude de traição na relação institucional, mas, imediatamente, quando percebeu, tomou as providências necessárias com a intervenção na segurança pública do estado, que foi o momento da virada”, avaliou Lídice da Mata, lembrando que só depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretar a intervenção federal na segurança do DF, a Polícia Militar passou a agir para conter os terroristas.
Voltando a defender o ministro Dino, a deputada baiana aproveitou também para provocar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores. “Nós não somos como eles que mataram, torturaram, perseguiram. Nós estamos dando a todos o direito de defesa, foram presos, fichados, liberados”, disse Lídice sobre os bolsonaristas presos após participarem do atentado nos prédios dos Três Poderes.
“A investigação terá continuidade e o interesse maior é identificar os financiadores disso tudo e isso já está sendo feito. Eles serão punidos perante a lei”, concluiu.