Prefeito estima que a primeira parte das obras deverão ser entregues ainda neste ano
A prefeitura de Salvador está cada vez mais próxima de entregar outro equipamento de mobilidade aos soteropolitanos. Trata-se do BRS (serviço rápido de ônibus), que atenderá as regiões da Orla Atlântica e da Avenida Dorival Caymmi, a partir do corredor de BRT (ônibus de trânsito rápido) já instalado no bairro da Pituba.
Com as obras em andamento desde janeiro deste ano, o BRS, assim como o BRT, será separado por trechos. O primeiro, por sua vez, já está em fase de conclusão, conforme informou o prefeito Bruno Reis (União Brasil) ao Portal A TARDE, nesta segunda-feira, 17.
Segundo o chefe do Executivo municipal, as demais paradas deverão ter ordem de serviço assinadas antes da paralisação das suas atividades para se dedicar às eleições, no dia 5 de julho, como determina o calendário eleitoral.
“Nós já começamos pela Rua Conselheiro Padre Luiz, ali no Rio Vermelho, está praticamente pronta. Já tiveram outros três trechos da orla que já vão começar as intervenções, nós devemos dar as ordens de serviços nos próximos dias”, disse o prefeito.
O projeto de mobilidade vinha sendo discutido desde a antiga gestão, encerrada em 2020, mas começou a tomar forma durante o governo Bruno Reis, iniciado no ano seguinte. Para tirar a proposta do papel, o chefe do Palácio Thomé de Souza afirmou que já bateu o martelo com a empresa autorizada para realizar o serviço, sem citar o nome do empreendimento responsável.
“Eu já autorizei a mobilização da empresa. Já discutimos o orçamento e valores. Então, são intervenções que nós vamos fazer na orla”, acrescentou.
Parte das intervenções que a atual gestão do município está fazendo e já entregou na região da Orla Atlântica já estão adaptadas ao BRS. Os veículos utilizados nas vias exclusivas devem ser os mesmos elétricos do BRT, dando uma ideia de continuidade entre os sistemas.
“A obra de Patamares já está sendo preparada para receber o corredor do BRS, que é um serviço de ônibus com faixas exclusivas. Estamos discutindo para manter os ônibus no padrão do BRT e, em alguns lugares, colocar estações, para a gente conseguir prever o pré-embarque”, disse Muller, em janeiro ao Portal A TARDE.
A diferença entre os coletivos diz respeito apenas às vias, sendo o BRS, utilizado com vias segregadas para ônibus, e o BRT, em vias exclusivas.
“Então ele, o BRS sai do Rio Vermelho e vai até Piatã, truncando com os BRTs que seriam transversais ali da Pinto de Aguiar, Gal Costa, Pirajá e Lobato. E, agora, o Estado mudou o projeto para o VLT que vai vir pela 29 de março até Orlando Gomes”, explicou Reis.
Para elucidar as transformações da mobilidade da cidade, o prefeito citou os sistemas já existentes e os que são fruto dos projetos tanto da prefeitura como do governo estadual, sob batuta de Jerônimo Rodrigues (PT).
Inicialmente, o transporte estava previsto chega até o Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, com as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), a gestão municipal mudou a rota.
“Então, nós temos hoje o sistema complementar que é o STEC (Subsistema de Transporte Especial Complementar), o sistema convencional de ônibus, temos o BRT e temos pelo Estado, o metrô. Está por vir aí o BRS, o VLT e o Teleférico, que nós vamos construir na região do Subúrbio. Esses oito sistemas de transporte todos eles integrados e conectados vão cobrir a cidade toda e eu tenho certeza que a gente vai ter um dos transportes públicos mais eficientes do mundo”, emendou.
A expectativa é que alguns trechos do BRS sejam entregues ainda neste ano, a exemplo do Rio Vermelho, o de Patamares e o da Pinto de Aguiar.
“Essas obras que eu já autorizei no início serão concluídas esse ano. Outras que ainda dependem de algumas desapropriações, em especial, da região do Jardim de Alah, estão previstas para o início do ano que vem”, concluiu.