Servidores municipais da capital baiana se reúnem, nesta terça-feira (31), em frente ao palácio Thomé de Souza, no Centro Histórico, em protesto contra a proposta de reajuste salarial oferecido pela prefeitura de Salvador. Eles pedem reposição inflacionária na ordem de 56,07% para os vencimentos, além de incremento no auxílio alimentação e mudança na modelagem de concessão do auxílio transporte.
A ação, promovida pelo Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps), reunirá as diversas categorias do serviço público municipal em uma paralisação de 24 (vinte e quatro) horas. Agentes de transporte e trânsito; profissionais de saúde; trabalhadores da manutenção e obras; salva-vidas; psicólogos; assistentes sociais, agentes de fiscalização de ordem pública; agentes de fiscalização urbana e servidores aposentados participarão da Assembleia.
Segundo o coordenador geral do Sindseps, Helivaldo Alcântara, os servidores municipais não aceitaram a proposta de 4% (quatro por centro) oferecida pela prefeitura e pretendem manter a mobilização até que a negociação com a Secretaria de Gestão (Semge) seja retomada. “A Mesa de Negociação precisa produzir eficácia e não apenas ser uma reunião sem resultados práticos. Todo ano temos a data-base no mês de maio, enviamos nossa pauta salarial em antecipado e chegando ao final de mais um mês, a prefeitura alega que não conhece os impactos financeiros das propostas. Seria bom que para aumentar impostos e taxas para o contribuinte tivesse a mesma falta de capacidade. Infelizmente, a cada adiamento da negociação por parte do prefeito, a cidade padece sem os serviços públicos de qualidade que prestamos. Só não aceitaremos que adjetivem nossa mobilização, pois a gestão municipal não tem mais argumentos à imprensa para negar que está em claro propósito de procrastinar a decisão da Campanha Salarial de 2022”, diz.
Paralisação na saúde – Conforme decisão na última assembleia setorial, os trabalhadores da saúde municipal iniciam paralisação de 72 (setenta e duas) horas também nesta terça-feira (31). Serviços oferecidos por Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Saúde da Família (USF), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) podem ser afetados por conta do protesto desses servidores. A vacinação contra a covid e a Influenza também podem sofrer interrupções.