O fundador do bloco afro Olodum esteve ao lado de Margareth Menezes, ministra da Cultura
O baiano João Jorge tomou posse nesta quinta (27) no cargo de presidente da Fundação Cultural Palmares. A cerimônia aconteceu em Brasília.
O fundador do bloco afro Olodum esteve ao lado de Margareth Menezes, ministra da Cultura, e se emocionou durante o discurso. “A Palmares não é minha, não é nossa, é do povo brasileiro”, declarou.
Também estiveram presentes a secretária de Igualdade Racial da Bahia, Ângela Guimarães; a reitora da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Adriana dos Santos; e as embaixadas do Zimbábue, República de Gana e da República Unida da Tanzânia participaram do momento.
No último governo, a logomarca da Fundação deixou de ser um machado de Xangô, e se tornou um conjunto de elementos da bandeira do Brasil. Na época, presidente do instituto, Sergio Camargo, também chegou a chamar o Dia da Consciência Negra de “Dia da Vitimização do Negro”.
João fez referência ao símbolo em seu discurso, afirmando que ele voltou para a Fundação. “Eu estou falando emocionado porque estive com os presidentes da Palmares e depois cheguei em Brasília e encontrei as fotos deles jogadas em um depósito. Um funcionário me entregou os tapetes com a marca de Xangô e disse que escondeu para não jogarem fora”, contou.
“Nós venceremos essa luta. Somos o canto desse país, o som dos tambores desse país, as águas desse país. Nós demos a nossa civilização para essa nação”, afirmou ainda João Jorge.