Em artigo que marcou o encerramento do Mês da Mulher, a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher vereadora Ireuda Silva (Republicanos), defendeu que as ações desenvolvidas durante o mês de março se estendam para todo o ano de 2022. Segundo a republicana, o machismo estrutural tem mostrado seu lado mais obscuro nos últimos meses, nos obrigando a intensificar a luta.
“Ao longo de quatro semanas, nos dedicamos a diversas ações pelo empoderamento feminino e contra uma série de atentados aos direitos conquistados por nós na história recente. São lamentáveis os casos de machismo e violação à dignidade da mulher que presenciamos nas últimas semanas, todavia, nunca resistimos tanto: mostramos que estamos unidas e dispostas a fazer de 2022 o ano da mulher, e sem dúvida galgaremos vários degraus rumo à tão almejada equidade de gênero”, diz no texto.
Ela menciona o Prêmio Mulher Notável, realizado no dia 12, que homenageou dezenas de mulheres com histórias de luta por direitos e contra o machismo em diferentes segmentos profissionais e sociais. “O evento sintetizou a essência do Mês da Mulher, reforçando laços de sororidade, busca por empoderamento e valorização de trajetórias femininas. Como destaquei na ocasião, há em mim um sentimento de profunda realização e alegria. Conseguimos construir um projeto que mostra à Bahia e ao Brasil a importância da atuação feminina, que muitas vezes é ofuscada ou menosprezada pela mentalidade machista e pela estrutura patriarcal da nossa sociedade”, pontua.
Ireuda reafirma que, “apesar dos desafios que ainda nos são impostos, também temos motivos para nos mantermos otimistas. As mulheres tiveram muitas conquistas e estão hoje num contexto muito melhor do que 100, 200, 300 anos atrás. Precisamos reconhecer isso para não perdermos a fé”.