Deputada estadual reeleita avalia que Jerônimo responde “com uma campanha bonita, limpa, a quem subestimou ele no processo eleitoral”
Perguntada sobre o apoio do vice-governador João Leão (PP) à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), a deputada estadual reeleita Olívia Santana (PCdoB) afirmou que o político progressista “é uma força política decadente, desesperada”. A parlamentar conversou com o bahia.ba durante a solenidade de inauguração da nova sede do Centro Estadual de Educação, Inovação e Formação da Bahia Mãe Stella (Ceeinfor).
Para Olívia, o vice-governador tomou a decisão errada ao sair da base do governador Rui Costa (PT) para apoiar o candidato a governador oposicionista, ACM Neto (UB). A deputada avalia que Jerônimo Rodrigues (PT), concorrente ao Palácio de Ondina lançado por Rui, respondeu “com trabalho, com uma campanha bonita, limpa, a quem subestimou ele no processo eleitoral com trabalho”.
Ainda na conversa com o bahia.ba, Olívia ressaltou que a campanha para a proporcional foi difícil. “Fiz uma campanha tentando ultrapassar 60 mil votos, achava que a gente podia chegar a 62 mil, no máximo 65 mil votos, de repente 92 mil votos”, celebrou. Segundo a parlamentar, a campanha foi “a mais cara da história”, com muitos candidatos milionários e vinculados ao orçamento secreto.
Roberto Jefferson
Olívia Santana comentou ainda o caso do ex-deputado Roberto Jefferson, que reagiu à prisão no domingo (23) atirando 50 vezes contra um efetivo da Polícia Federal, contra a qual lançou também três granadas. A deputada estadual considera que a morte de Moa do Catendê – em 2018, após uma discussão com um eleitor do então candidato a presidente Jair Bolsonaro – era um sinal do que iria acontecer no governo do atual candidato à reeleição pelo PL.
“Eu que sou mulher, negra e comunista observo muito o crescimento destes grupos neonazistas no Brasil. Imagine, até em Feira de Santana tem células neonzaistas. Não podemos brincar com isso. É hora de todas as forças democráticas se unirem para barrar a extrema-direita que flerta com o neonazismo”. disse.