Vice-líder do PL na Câmara, o deputado José Rocha minimizou nesta terça-feira, 9, a possibilidade da saída de parlamentares da sigla com a filiação do presidente Jair Bolsonaro, programada para o dia 22 de novembro.
Segundo a coluna Painel, da Folha, parlamentares do PL em estados nordestinos acreditam que seria prejudicial estar na legenda do principal adversário do ex-presidente Lula (PT) em 2022.
“São conjecturas, mas nenhum deputado deu essa declaração”, afirmou o baiano, ex-vice-líder do governo e um dos deputados mais alinhados ao Planalto em votações, de acordo com levantamento do site Congresso em Foco. “Está tudo indo bem”, completou.
Rocha citou apenas o incômodo, já manifestado publicamente, do vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), que informou inclusive avaliar sua desfiliação do partido por causa da chegada de Bolsonaro.
Fora da gestão estadual desde a última reforma administrativa feita pelo governador Rui Costa, em maio deste ano, o PL tem se aproximado de ACM Neto na Bahia. Porém, alguns deputados, como o próprio Rocha, por exemplo, ainda mantém uma relação com o governo do petista.
Favorável à PEC dos Precatórios, Rocha criticou as declarações recentes do governador contra “deputados traíras” – parlamentares que se alinharam a Bolsonaro na votação em Brasília, mas são aliados do governo estadual. “Totalmente inoportuno chamar deputados de sua base aliada de traíra. Cada um vota com a sua consciência. Não pode ser patrulhado por ninguém”, afirmou o deputado.