Em 2023, juntas, as policlínicas de Feira de Santana e de Alagoinhas já realizaram aproximadamente 650 mil procedimentos, entre consultas e exames, cobrindo um vazio assistencial de consultas especializadas e exames de média complexidade identificado na região Centro-Norte e Nordeste da Bahia.
Em maio de 2018, o segundo maior município da Bahia, conhecida como Princesinha do Sertão, ganhou a primeira Policlínica de Saúde destinada a atender moradores de Feira e mais 28 municípios. Em 5 anos, a unidade realizou 135 mil consultas e quase 200 mil exames, alcançando 74% da população estimada.
Do Centro-Norte vamos para a região Nordeste, mais precisamente ao município de Alagoinhas, onde a Policlínica regional já realizou, desde 8 de junho de 2018, um total de 302.101 procedimentos para uma população de 19 municípios da região nordeste.
“A Policlínica Regional de Saúde em Alagoinhas proporcionou grande impacto na região nordeste, considerando que os pacientes muitas vezes percorriam quilômetros de estrada para a realização de consultas com especialistas, bem como a realização de exames de métodos gráficos e imagem, além de pequenas cirurgias e exames de endoscopia e colonoscopia, que hoje, felizmente, são realizados aqui na Policlínica”, comemora Aline Pereira, gestora da unidade.
Regionalizar para avançar
Nos últimos 10 anos a Bahia vem vivenciando uma verdadeira revolução na regionalização dos serviços de saúde com a oferta de consultas especializadas e exames de média e alta complexidade. A ponta mais visível dessa estratégia são as Policlínicas de Saúde, formadas por meio de 23 Consórcios Interfederativos que reúnem municípios afins por região, e mais duas unidades em Salvador, com gestão estadual, totalizando, até o momento, 25 Policlínicas em funcionamento. Elas contemplam as 28 regiões de Saúde da Bahia, o que corresponde a um total de 409 municípios, ou seja, 98,08% dos municípios do Estado. São unidades com capacidade para assistir a pouco mais de 11 milhões de baianos.
Alagoinhas – resolutividade em primeiro lugar
“Apesar de a cobertura da Atenção Básica atingir mais de 70% do território baiano, na prática, não funcionava de forma efetiva, pois faltava acesso aos médicos especialistas e à realização de exames diagnósticos para direcionar os tratamentos”, explica a diretora da policlínica, Aline Pereira.
Nesse sentido, as policlínicas garantem exames complementares e consultas especializadas para toda a região, fornecendo resolutividade aos direcionamentos da Atenção Básica, e evitando a hospitalização com casos que podem e devem ser solucionados na atenção primária e secundária.
Atualmente a Policlínica de Alagoinhas conta com 39 especialistas, executando quase em sua totalidade da capacidade instalada, oferecendo exames como tomografia óptica e histeroscopia diagnóstica, novos serviços para os quais havia uma demanda reprimida.
Neste ano, a unidade está ofertando as seguintes consultas médicas: cardiologia, cirurgião geral, endocrinologia, gastrenterologia, ginecologia, mastologia, neurologia, oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia, urologia, coloproctologia, dermatologia, pediatria, pneumologia e reumatologia. A equipe multiprofissional oferta consultas de psicologia, enfermagem e nutrição, além dos acompanhamentos encaminhados para o serviço social.
Para o apoio diagnóstico são ofertados exames de ecocardiograma, eletrocardiograma, MAPA, holter, teste ergométrico, pequenas cirurgias (incluindo vasectomia), pequenas cirurgias ortopédicas, biópsias (ginecológicas, dermatológicas), retossigmoidoscopia, colonoscopia (com biópsia), endoscopia digestiva alta (com biópsia), videolaringoscopia e nasofibroscopia (com ótica rígida), mamografia, radiografia, tomografia e ressonância magnética (com e sem contraste), eletroencefalograma, espirometria e ultrassonografias. Além desses, também são realizados procedimentos, dentro dos consultórios: fundoscopia, tonometria, colposcopia, pesquisa de pares cranianos, procedimentos otorrinolaringológicos (remoção de cerúmem e de corpo estranho). Em novembro de 2022 foi iniciado o serviço de histeroscopia diagnóstica após recebimento do equipamento de vídeo histeroscopia, pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Há 1 mês a policlínica passou a realizar o serviço de tomografia óptica.
Feira de Santana – adeus à demanda reprimida
De acordo com a diretora da Policlínica de Feira de Santana, Monique Seixas, com a implantação da Policlínica foi possível reduzir a demanda reprimida dos municípios consorciados da região Centro-Norte quanto aos exames de alta complexidade, e aumentar o potencial diagnóstico nas diversas especialidades médicas. Além disso, a policlínica apoia a atenção básica dos entes consorciados com atendimento ao paciente com pé diabético e mantém uma equipe multiprofissional.
“Nos últimos anos, houve um esforço para contratação de novas especialidades médicas, e assim, foi possível ampliar e abrir novos serviços para a população da região”, explica Monique Seixas.
E para os próximos anos, os planos não param: Em 5 anos, a grande expectativa é pela abertura do serviço de Ressonância Magnética com sedação; exame necessário para pacientes em situações especiais.
Outro fator importante da atuação das Policlínicas é que elas encaminham para tratamento específico na UNACON os pacientes com câncer, garantindo aos usuários à assistência obedecendo a Lei nº 12.732/2012, em que, o paciente deve receber todo o acompanhamento em até 60 dias, para que cada paciente diagnosticado seja matriculado em UNACON/CACON de referência.
Moradora de São Gonçalo dos Campos, a lavradora Maria de Lourdes fazia exames de rotina, na policlínica, quando foi alertada de uma alteração importante na mamografia. Meses após o diagnóstico de câncer de mama, já foi operada e faz quimioterapia.
“Graças a Deus eu estou bem, me recuperando. Só tenho a agradecer a essa equipe da Policlínica de Feira: dos recepcionistas aos médicos, foram todos maravilhosos”, pontua a lavradora.