O governador ainda defendeu o retorno das aulas 100% presenciais na rede estadual de ensino
Semanas depois de aumentar as restrições de circulação e de eventos na Bahia, o governador Rui Costa (PT) descartou adotar novas medidas restritivas. O gestor alegou que após uma explosão de casos de Covid-19 causados pela variante ômicron, o número de pacientes conhecidos com a doença caiu em cerca de 4 mil nos último dias, o que pode significar uma estabilização na proliferação do vírus.
“Nós estávamos na sexta-feira com 37 mil casos, mas hoje pela manhã eu recebi o novo boletim com 33 mil casos. Houve uma redução, e tudo indica que nós chegamos aí ao chamado platô, a estabilidade antes da queda (…) Em função disso nós não adotaremos novas medidas (restritivas) enquanto houver redução do quadro. Se mantiver nesse patamar, independente do ritmo de queda, nós iremos manter”, disse em entrevista na sede do Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador.
Esta segunda-feira, 7, marcou o retorno das aulas 100% presenciais na rede estadual de ensino, Rui Costa explicou a decisão do governo de iniciar as aulas em meio a uma explosão de casos de Covid-19 no estado, que registra números recordes de casos ativos da doença e voltou a contar com um patamar mais alto de mortes causadas pelo vírus respiratório.
“Quero deixar um apelo a todos os prefeitos que por favor retomem pelo menos no mês de fevereiro as aulas. Os alunos precisam disso. Temos um perfil socioeconômico da nossa população que nenhum de nós de sã consciência pode dizer que esses jovens estão em casa preservados em quarentena. Você vai ver milhares de crianças na rua, então porque eles podem estar nas ruas e não pode estar dentro da escola? Ao meu ver não faz sentido adiar excessivamente o início das aulas”, afirmou Rui Costa.
O governador ainda apontou a eficácia das vacinas contra a Covid-19 para prevenir casos graves e mortes, já que mesmo com o número recorde de casos, a Bahia passou longe de ter o seu recorde de óbitos nas últimas semanas.
“Graças a Deus, depois da vacina, os números até explodiram em número de contaminados, mas não teve a mesma explosão em número de internados e de óbitos. Cresceu? Cresceu. Mas nada que possa comparar com o que aconteceu em março do ano passado”, falou.