Presidente da Comcar acredita ser difícil, em ano de retomada do axé, levar bloco sertanejo às ruas
Nos trechos tradicionais do Carnaval, a cidade já se prepara para a folia com banners e estruturas metálicas. Contudo, anúncios recentes de cancelamento de shows em camarotes e blocos de rua levantam o debate sobre possíveis impactos para as festas. Recentemente, o Camarote Villa Salvador anunciou que não vai mais funcionar no primeiro dia de Carnaval, na quinta-feira (16) de fevereiro, quando os shows de Pedro Sampaio e Xand Avião iriam acontecer, mas foram cancelados.
De acordo com o presidente do Conselho Municipal do Carnaval de Salvador (Comcar), Joaquim Nery, esses cancelamentos ocorrem em meio à retomada do axé music na maior festa de rua do mundo, após o período de distanciamento por causa da pandemia.
Há ainda outros shows cancelados. O cantor Gusttavo Lima não vai desfilar com o Bloco do Embaixador. Segundo as informações da assessoria do artista, a apresentação foi adiada para 2024.
Joaquim Nery diz que a avaliação feita pela Comcar é de ser difícil, em ano de retomada do axé, levar um bloco sertanejo às ruas. “Seria muito difícil romper essa barreira. Depois de dois anos, os foliões estão sedentos por ter atrações do axé, Léo Santana, Bell Marques. Isso também aconteceu com o bloco da banda Cheiro de Amor. O Carnaval privado depende da venda do tíquete e de patrocinador”, disse em entrevista ao jornal A Tarde.
Em relação ao Camarote Villa, Nery afirmou que o motivo para o cancelamento, de acordo com informações passadas pelos responsáveis, é que no dia a dia da folia não teria tempo para a montagem da estrutura.