Nesta sexta-feira (03), Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), participou de uma Roda de Conversa sobre “Capacitismo: Um desafio à inclusão social”, iniciativa da Superintendência Regional do Trabalho na Bahia (SRT/BA). A atividade aconteceu através da plataforma Microsoft Teams.
No bate papo, o superintendente dos Direitos da Pessoa com Deficiência da SJDHDS, Alexandre Baroni, destacou a importância da sociedade ter compreensão do que é inclusão social da pessoa com deficiência.
“É importante ter claro o que entendemos por inclusão social. A palavra capacitismo é nova, mas as práticas discriminatórias são antigas, e aqui trago a concepção do que a gente entende e do que a gente vive. O que efetivamente nos impede de estar incluídos na sociedade? São vários os depoimentos de PCDs ocupando vários espaços profissionais, o que evidencia que somos capazes de tudo. Só não estamos aonde não nos permitem estar. Se a sociedade não entender que temos condições de participação em qualquer lugar, obviamente nunca estaremos nele”, enfatizou o superintendente.
A superintendente Regional do Trabalho na Bahia, Gleide Lúcia Ramos, explicou sobre a atividade e destacou a relevância do tema, que deve ser reforçado na sociedade.
“Trazemos nossos profissionais para que eles se aprofundem no tema, que faz parte do nosso trabalho e dos nossos projetos, para que possamos aprender e conviver com tudo aquilo que defendemos. São mais de 14 milhões de pessoas com deficiência no país, e capacistismo é um tema bem sensível, temos que tratar e lidar com isso com toda sociedade. A nossa união é que fortalece todo nosso trabalho, essa rede é que faz que a inclusão aconteça de forma mais homogênea, e mais igualitária”, pontuou a superintendente.
Ainda na roda de conversa, a diretora de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência na SJDHDS, Zenira Rebouças, abordou alguns exemplos do que é capacitismo.
“Dizer que pessoas com deficiência tem muitos privilégios é uma forma de capacitismo, e são diversos os estereótipos que reforçam e reproduzem essa opressão, que enxerga a deficiência e não enxerga a pessoa. Isso implica na negação da nossa autonomia e independência. O capacitismo é uma barreira à inclusão efetiva e é um debate ainda pouco popularizado, é interessante trazer esse tema, que é expressão aparentemente nova, mas o entendimento dela está lá atrás, a gente convive com há muito tempo”, finalizou.
A atividade contou com a mediação de Antonio de Pádua, analista técnico da SRT/BA.